Por quê a ignorância e a ganância caminham juntas?

Bem, porque as pessoas gananciosas ignoram o facto de que só se pode realmente viver bem se estiver presente um nível decente de bem-estar à sua volta, não se pode ser totalmente feliz se os seus vizinhos vivem em desgraça. Pode-se até tentar viver numa bolha social privilegiada com uns poucos selecionados, mas não há maneira de ter verdadeira liberdade vivendo numa espécie de gaiola dourada, pelo que a felicidade não será então alcançada de fato.

Pior ainda é cometer atos cruéis para ganhar vantagem económica, quando o faz, só tem duas opções para continuar a viver numa sensação de alegria um tanto medíocre, uma é drogar-se e concentrar-se em prazeres superficiais repetidamente para distrair a sua consciência do que fez de ruim, a outra é destruir completamente a sua consciência, o que o tornará absolutamente incapaz de sentir qualquer tipo de alegria real e depois só tentativas bizarras de sentir alguma coisa o aguardarão.

E não estou a falar apenas de uma escala local, mas global no seu conjunto, com o advento da globalização, como vemos, a Europa está a sofrer uma tamanha onda de imigração porque negligenciou os esforços reais de ajudar seus continentes vizinhos, África, Ásia e Oriente-Médio ao longo dos séculos, pelo contrário, tais continentes foram explorados ao máximo, e ainda são aqui e ali.

Talvez isso também esteja correlacionado com os números de depressões e suicídios em todo o mundo. As pessoas querem abraçar o mundo e viajar livremente à sua volta, esse é o principal propósito humano, mas nós somos incapazes de fazê-lo porque a maior parte do mundo é afetado pela desigualdade, pelo luto, pelo ressentimento e pelo fanatismo. Assim, ser incapaz de fazer a coisa mais completa que um humano pode fazer é realmente um profundo gatilho emocional negativo para todo o tipo de consequências graves.

Talvez os EUA estejam a seguir o mesmo caminho que a Europa em termos de pagar o preço por negligenciar os seus vizinhos, mas enquanto as pessoas não se aperceberem do princípio central do bem-estar, nunca seremos verdadeiramente livres ou felizes, o princípio de que aqueles que tentam sentir alegria à custa dos outros sentirão tudo menos isso, e não se pode realmente ser feliz sozinho.

Jesus disse-o primeiro, ama os outros como amas a ti mesmo e ama a Deus acima de tudo. Como sempre, ele estava certo.